Assinala-se esta terça-feira [01.10.2024], o Dia Internacional do Idoso. A 14 de Dezembro de 1990, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou para estabelecer 1º de Outubro como o Dia Internacional do Idoso, conforme registado na Resolução 45/106. Estava, deste modo, instituída a data, que passou a assinalar-se todos os anos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) assinala a efeméride, este ano, com o tema “Envelhecer com Dignidade: A Importância de Reforçar os Sistemas de Cuidados e de Apoio aos Idosos em todo o Mundo”. Neste dia, o compromisso vai no sentido de reforçar os sistemas de cuidados e apoio que honrem a dignidade dos idosos e dos cuidadores, inserido no Programa das Nações Unidas sobre o Envelhecimento.
À medida que as populações envelhecem, os sistemas de cuidados e de apoio são vitais para que os idosos continuem a envolver-se activamente na vida social e a enriquecer as suas comunidades. No entanto, muitas vezes, são privados de qualquer tipo de assistência, o que aprofunda a desigualdade e aumenta as suas vulnerabilidades. Esta disparidade atinge ainda mais as mulheres mais velhas, que suportam o peso da prestação de cuidados não remunerados, sendo uma preocupação global, alinhada aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, que visa a melhoria da vida dos idosos.
O Dia do Idoso representa uma oportunidade para repensar o modo como a sociedade actual cuida dos idosos, dos seus direitos e sua dignidade. Dados do Centro Regional de Informação para a Europa Ocidental indicam que o envelhecimento populacional está prestes a tornar-se numa das transformações sociais mais significativas do século XXI, com implicações transversais a todos os sectores da sociedade – no mercado laboral e financeiro; na procura de bens e serviços como a habitação, nos transportes e na protecção social; e nas estruturas familiares e laços intergeracionais.
Estima-se que o número de idosos, com 60 anos ou mais, duplique até 2050 e mais do que triplique até 2100, passando de 962 milhões em 2017 para 2,1 mil milhões em 2050 e 3,1 mil milhões em 2100. Em todo o mundo, a população com 60 anos ou mais está a crescer mais rapidamente do que todos os grupos etários mais jovens. A população com mais de 60 anos está a crescer a uma taxa de cerca de 3% ao ano. Em 2017 estimava-se que, em todo o mundo, 962 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais – representando 13% da população global.
Ainda de acordo com o Centro Regional de Informação para a Europa Ocidental, o envelhecimento rápido também ocorrerá noutras partes do mundo e até 2050 todas as regiões do mundo, excepto África, terão quase um quarto ou mais das respectivas populações com mais de 60 anos. Na África Subsaariana, a maioria dos países de baixo rendimento encontra-se entre os piores países para os idosos viverem, como mostra o Global AgeWatch Index 2015: Insight Report, da HelpAge International (2015). Globalmente, o número de pessoas com 80 anos ou mais deverá triplicar até 2050 passando de 137 milhões, em 2017, para 425 milhões em 2050.